É verdadeiramente indescritível a sensação que tenho ao chegar ao final desta experiência desafiadora. O fato de já ser uma trabalhadora graduada da área da saúde (Fisioterapeuta), com experiência profissional limitada a atuação hospitalar em hospitais de alta complexidade e com excelente infra-estrutura, acredito que seja um desafio a mais, pois me impõe modificar totalmente o olhar sobre o cuidado de saúde. Todas as horas que negociei no meu trabalho para poder estar aqui, valeram muito a pena. Vou lenbrar bem disso nos finais de semana (todos!) de fevereiro que estarei de plantão. O fato de estarmos longe de casa e, portanto, longe da nossa rotina já fez com que respirássemos 24 horas por dia o Sus. Olhares tão diferenciados, pela diversidade do grupo, seja pelo seu curso de origem, seja pelas variadas idades e experiências, isso só agregou. Me sinto uma pessoa extremamente privilegiada por ter vivido tudo o que o Ver-Sus me proporcionou. Muito mais do que uma atividade acadêmica, me agregou como pessoa, por me inserir em realidades tão distantes da minha, por me fazer não ter dúvidas que desigualdades sociais me incomodam muito, por me fazer acreditar que eu posso ajudar nas mudanças necessárias... Além disso, possibilitou que estreitássemos os laços com professores (Izabella, Alcindo, Marilise, Luis Felipe e Bilibio) e conhecessemos pessoas encantadoras como Maria Luisa, Patricia, Rafael e Igor, que nos ajudaram muito em todos os momentos.
Acho que cabe uma análise bem pontual, totalmente pessoal:
- De fato vimos um grande movimento da administração municipal da cidade do Rio de Janeiro para qualificar a atenção básica, não se restringido a estrutura física, mas ampliando o conceito de saúde e pensando em rede de forma integrada;
- Identificamos grande entusiasmo por parte dos trabalhadores que atuam nestas novas unidades;
- Porém vi muitos problemas também, principalmente falta de trabalhadores e a pouca integração dos serviços;
- Lamento que só tenhamos conhecido os novos serviços, sem ter uma idéia da rede como um todo.
- Fiquei muito intrigada se a melhor saída realmente são as Organizações Sociais no gerenciamento dos serviços de saúde, no caso em questão, atenção básica.Valorizo muito o que vi no Rio de janeiro em termos de serviço e proposta de cuidados, mas me incomoda pensar que a responsabilidade pela atenção básica, que está definida no Plano Nacional de Saúde como o foco de ação dos governos, que constitucionalmente são os responsáveis pelos cuidados de saúde, esteja sendo delegada a outros.
- Sei que tenho mais dúvidas que certezas depois desta vivência...
Acho que cabe uma análise bem pontual, totalmente pessoal:
- De fato vimos um grande movimento da administração municipal da cidade do Rio de Janeiro para qualificar a atenção básica, não se restringido a estrutura física, mas ampliando o conceito de saúde e pensando em rede de forma integrada;
- Identificamos grande entusiasmo por parte dos trabalhadores que atuam nestas novas unidades;
- Porém vi muitos problemas também, principalmente falta de trabalhadores e a pouca integração dos serviços;
- Lamento que só tenhamos conhecido os novos serviços, sem ter uma idéia da rede como um todo.
- Fiquei muito intrigada se a melhor saída realmente são as Organizações Sociais no gerenciamento dos serviços de saúde, no caso em questão, atenção básica.Valorizo muito o que vi no Rio de janeiro em termos de serviço e proposta de cuidados, mas me incomoda pensar que a responsabilidade pela atenção básica, que está definida no Plano Nacional de Saúde como o foco de ação dos governos, que constitucionalmente são os responsáveis pelos cuidados de saúde, esteja sendo delegada a outros.
- Sei que tenho mais dúvidas que certezas depois desta vivência...