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Serviços de Saúde da Rocinha |
Depois de um domingo de sol, de folga total para nos reenergizarmos ( na praia )para esta última semana de atividades, nada melhor do que começarmos conhecendo os serviços da Rocinha, mais especificamente o CAPs Rocinha. Esta, por ser uma das favelas mais famosas, faz parte do imaginário, acredito eu, da maior parte dos que estão vivendo esta experiência. Aliás, que experiência! O friozinho na barriga ao adentrar a favela, um certo receio, mas muito inferior a vontade de conhecer o local. Chegamos cedo ao CAPs, que ainda estava com poucos usuários e os Coordenadores também não haviam chegado. Os trabalhadores que lá estavam nos apresentaram a estrutura física e a dinâmica de funcionamento do local.
Leito para usuários que queiram permanecer a noite |
Trabalhos dos usuários |
Depois de conhecermos o CAPs, iniciamos uma roda de conversa que inicialmente deveria ser para uma apresentação mais formal do serviço, mas que acabou se direcionando para questões bem mais polêmicas. Surgiram questões tais como a extinção dos manicômios, o grau de resolutibilidade dos CAPs, a inexistência de leitos em hospitais gerais, a questão da dependência química... Foi feita uma revisão histórica,colaborada por várias pessoas presentes, justificando como se chegou ao modelo assistencial vigente. Enquanto se dava a discussão, me veio a mente o período em que eu fiz minha primeira graduação, Fisioterapia, em Bagé, RS. Naquela época, início dos anos 90, havia uma mobilização para mudança na área da saúde mental e havia na minha cidade um grupo multiprofissional muito engajado; neste grupo, alguns eram professores e outros alunos de um programa de pós graduação em Saúde Mental Coletiva, aos quais acabei criando vínculo e participando de serviços coordenados por eles, que funcionava aos moldes dos atuais CAPs; toda esta estória foi para salientar que acredito demais nesta proposta e percebendo a mobilização do grupo do CAPs Rocinha fico muito esperançosa. Aliás, interessante salientar que neste grupo há a peculiaridade de não sabermos quem é quem, aliás quem é o que...todos são responsáveis pela unidade. Tiago, que foi uma das pessoas que mais nos esclareceu sobre o funcionamento do CAPs, até hoje não sei qual é a sua formação. Quanto a frustração do dia, acredito que seja opinião geral o fato de não termos participado da reunião dos usuários, atividade prevista no nosso programa. Aliás, não sabemos nem mesmo se esta reuniao ocorreu e até este momento não ouvimos falar sobre o controle social no município do Rio de Janeiro.
Depois de tanta informação, pausa para um almoço animado na Rocinha. Tarde livre das 14 às 17hs para escrevermos o blog. As 17hs, reunião...balanço parcial do Ver-sus, enfocando acertos e erros, gerando modificações necessárias para seu melhor aproveitamento. Reunião muito produtiva!!
* Dúvida do dia:
E o controle social???
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